A colheita do milho segunda safra 2022/2023 segue em ritmo lento e chegou a 53,94% do total. A porcentagem de área colhida é inferior em aproximadamente 16,9 pontos percentuais em relação à safra anterior.
As informações são do boletim Casa Rural, divulgado na última terça-feira, dia 29. O material é produzido com informações do Projeto Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), mantido pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em parceria com a Aprosoja/MS e o Sistema Famasul.
A região norte está com a colheita mais avançada, com média de 80,8%, enquanto a região centro está com 55,4,0% e a região sul com 48,6% de média. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 1,253 milhão de hectares.
A estimativa é que a safra seja 5,39% maior em relação ao ciclo passado (2021/2022), atingindo a área de 2,325 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, o que está dentro do potencial produtivo das últimas 5 safras do estado.
Essa estimativa gera a expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas, representando uma retração de 12,28% em comparação ao ciclo anterior. A área ainda está em levantamento, podendo ocorrer variações para mais ou menos em relação à área prevista.
O boletim Casa Rural informa ainda que, nesta safra, houve aumento da infestação do Sorghum halepense, também conhecida como capim-massambará ou vassourinha. Essa monocotiledônea da família Gramineae, originária da África, está causando problemas na entrega de cargas.
“É crucial que o produtor não permita o desenvolvimento do capim vassourinha em sua lavoura, pois a presença de sementes de espécies daninhas pode prejudicar a comercialização dos grãos, principalmente em contratos de exportação”, diz trecho do material.
Outros grãos
O último Boletim de Monitoramento Agrícola produzido em parceria entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam) traz informações sobre a situação das lavouras de algodão e trigo no Estado.
Os baixos volumes de chuva impulsionaram a colheita de algodão em Mato Grosso do Sul. As chuvas recentes não prejudicaram a qualidade das fibras das lavouras que ainda estão por colher. O retorno da umidade no solo favorece a rebrota das soqueiras, exigindo a aplicação de herbicida.
No caso do trigo, as chuvas em baixo volume foram benéficas para as lavouras, especialmente àquelas em enchimento de grãos. Estas precipitações não causaram danos significativos sobre a qualidade dos grãos das lavouras em maturação e colheita.
Clique aqui e confira o boletim na íntegra.
Fonte: Famasul e Conab
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