SINDICATO DOS FISCAIS ESTADUAIS AGROPECUÁRIOS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

19 de maio de 2024 17:50

Mais 38 frigoríficos brasileiros podem exportar carnes para a China; 6 são de MS

Mais 38 plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas para vender carnes ao país asiático, conforme comunicado da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) enviado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última terça-feira (12).  

Foram concedidas 38 habilitações, incluindo oito abatedouros de frango, 24 abatedouros de bovinos, um estabelecimento bovino de termoprocessamento e cinco entrepostos, algo inédito com o comércio da China, dos quais um é de bovino, três de frango e um de suíno.  

Parte dos estabelecimentos foi auditado remotamente em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro do ano passado. As equipes técnicas chinesas foram recebidas e acompanhadas por representantes do Mapa. 

“Esse é um momento importante para os dois lados. A China que vai receber carnes de qualidade com preços competitivos, garantindo produtos a sua população, e ao Brasil a certeza de geração de emprego, oportunidade e crescimento da economia brasileira. É um dia histórico na relação comercial Brasil-China, um dia histórico para nossa agropecuária”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. 

A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango, se destacando como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 2,2 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 8,2 bilhões.  

Até o início de março deste ano, o Brasil possuía 106 plantas habilitadas para a China, sendo 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos.  

MS

Em Mato Grosso do Sul, seis plantas frigoríficas foram habilitadas para vender carnes para a China. Agora, a Prima Foods S.A, em Cassilândia; Marfrig Global Foods S.A., em Bataguassu; duas plantas da JBS S/A, em Campo Grande; Boibras Industrial e Comércio de Carnes e Sub-Produtos Ltda, em São Gabriel do Oeste; JBS S/A, em Naviraí, poderão exportar para o mercado chinês.

“Mato Grosso Sul é uma referência nessa exportação de carne bovina. E uma das questões importantes, inclusive na formação de preço interno, a melhoria do preço interno, o chamado Boi China, que são os frigoríficos cadastrados para a China. Essa expansão vai permitir uma melhoria dos preços internos ao produtor sul-mato-grossense. Teremos um aumento da exportação, um aumento da balança comercial e, o mais importante disso, é uma melhoria da estrutura de preços internos em Mato Grosso do Sul”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia).

Atualmente, a China é o principal destino da proteína sul-mato-grossense, com 25,83% de participação na receita, seguido pelo Chile com 18,39% e Estados Unidos com 16,06%. A receita com a comercialização da carne bovina para o mercado externo cresceu 29% nos últimos 5 anos, enquanto o volume aumentou cerca de 3,03% no mesmo período.

Fim do antidumping 

Recentemente, após a atuação do governo brasileiro, a China notificou o Brasil sobre a não renovação da medida antidumping que vinha sendo aplicada desde 2019 às exportações brasileiras de carne de frango. A medida, que impunha uma sobretaxa variando entre 17,8% e 34,2% conforme a empresa exportadora, deixou de vigorar no dia 17 do mês passado.  

Com o fim da decisão, as exportações de frango do Brasil se tornaram mais competitivas no mercado chinês, criando também oportunidades para outros produtores brasileiros. Mesmo com frigoríficos habilitados, os produtores não conseguiam competir efetivamente devido aos direitos antidumping que eram impostos. 

Com informações do Mapa e Semadesc

Foto: aleksandarlittlewolf – Freepik.com

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