SINDICATO DOS FISCAIS ESTADUAIS AGROPECUÁRIOS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

9 de maio de 2024 06:08

Análises laboratoriais contribuem para controle de qualidade e sanidade da produção sul-mato-grossense

O trabalho desenvolvido pelos fiscais estaduais agropecuários nos laboratórios da Iagro integra o conjunto de ações de defesa agropecuária animal e vegetal. Desde a análise de sementes e do solo ao diagnóstico de doenças animais, as análises laboratoriais possibilitam o monitoramento e o controle da qualidade e da sanidade da produção agropecuária de Mato Grosso do Sul.

A fiscal estadual agropecuária Aline de Oliveira Figueiredo coordena o Laboratório de Diagnóstico de Doenças Animais (LADDAN), que realiza exames para Leptospirose, Botulismo, Raiva, Anemia Infecciosa Equina, Mormo e, desde o dia 1º de julho, está credenciado para os diagnósticos de peste suína clássica (PSC) e doença de Aujeszky (DA).

“A solicitação de diagnóstico pode ocorrer por meio da atuação de vigilância dos fiscais agropecuários ou pelo próprio veterinário autônomo, quando é identificado um caso suspeito em uma propriedade”, explica a FEA Aline Figueiredo, que é médica veterinária e Mestre em Ciência Animal.

O laboratório também realiza a triagem de amostras para outros centros de diagnóstico de interesse da defesa sanitária animal. “Por exemplo, para atendimento ao Programa de Sanidade Avícola, nós encaminhamos amostras para diagnóstico de Influenza Aviária (IA) e Doença de Newcastle (DNC). Recebemos essas amostras e encaminhamos para os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA)”, afirma a coordenadora do LADDAN.

No caso da raiva, são analisadas amostras não apenas das propriedades rurais, como também das prefeituras, uma vez que o LADDAN atende a demanda dos Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) da capital e do interior do Estado.

“Ter um laboratório que realiza todos esses diagnósticos reduz o custo e o tempo para ter uma resposta e definir uma ação. É mais rápido do que enviar amostras para outros Estados. É uma estrutura que possibilita mais eficácia e agilidade para o controle de enfermidades, reduzindo as chances de disseminação de doenças”, destaca a FEA Aline Figueiredo.

LABSOLOS

A fiscal estadual agropecuária Wellyta de Oliveira Ferreira, que é Mestre em Química, é a chefe da divisão do Laboratório de Análises de Solos e Corretivos Agrícolas (LABSOLOS), que realiza análises de amostras de solos para fins de fertilidade e de calcários para fins de controle de qualidade.

As análises de solo são solicitadas por produtores rurais, por agricultores familiares e por universidades públicas e privadas nos casos de pesquisas relacionadas à análise de solo.

“Com o resultado da análise, o produtor consegue ver o que tem no solo e o que está faltando para produzir mais. Se ele fizer uma correção, o solo passa a ter os nutrientes que a planta precisa e o produtor terá maior rentabilidade na hora de colher”, explica a FEA Wellyta Ferreira.

No caso do calcário, a maioria das amostras são solicitadas por empresas do setor. É feita a análise da quantidade de cálcio, magnésio, poder de neutralização, entre outros parâmetros.  

Wellyta Ferreira lembra que as amostras para análises podem ser entregues em qualquer unidade da Iagro. “Nas cidades do interior, por exemplo, nós geramos o laudo para o pequeno produtor e orientamos que ele busque a Agraer para fazer uma prescrição de adubação e calagem, que é um serviço gratuito”, comenta a chefe da divisão do LABSOLOS.

As amostras entregues pelo produtor devem estar acondicionadas em saquinhos de coleta apropriados e devidamente identificadas.
LASO CG E DO
A fiscal estadual agropecuária Mathilde Bachiega de Oliveira coordena os Laboratórios de Análise de Sementes Oficiais da Iagro nos municípios de Campo Grande (LASO CG) e de Dourados (LASO DO).
As unidades atendem o serviço de fiscalização oficial do comércio de sementes, detentores de Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM) e produtores rurais. Também podem realizar reanálise fiscal, quando requerida pelo interessado em face de contestação da análise fiscal.
LASO CG realiza análises de sementes de espécies de forrageiras

“O nosso principal serviço é atender a fiscalização do comércio de sementes. Atualmente, a Superintendência Federal de Agricultura (SFA) realiza a fiscalização, encaminha a amostra para nós, e os laboratórios de Dourados e Campo Grande realizam as análises para emissão de um boletim oficial”, explica a FEA Mathilde Oliveira, que é bióloga e Mestre em Biologia Vegetal.

Produtores rurais e empresas do ramo também realizam solicitações de análises. No LASO CG, são realizadas as análises qualitativas de amostras de sementes de espécies de forrageiras (produzidas principalmente para bovinocultura) e a responsável técnica é a fiscal estadual agropecuária Marina Lange Rubin.

No LASO DO, são realizadas as análises de sementes de Grandes Culturas (soja, milho, trigo, feijão, entre outras) e a responsável técnica é a fiscal estadual agropecuária Helena de Oliveira Franco.

São analisados parâmetros que são necessários para comercialização da semente, como germinação, vigor, envelhecimento acelerado, viabilidade, pureza, determinação de pragas nocivas e toleradas, entre outros.

“Essas análises são importantes, primeiro, para subsidiar o trabalho da defesa sanitária, com esse controle de qualidade, evitamos a comercialização de lotes que possam conter pragas. E segundo, para quem compra e vende semente, é uma garantia para o produtor de que está comprando um lote de semente de qualidade, que vai germinar no campo, que tem tal vigor, tal viabilidade, e tudo isso é previsto na legislação federal”, destaca a coordenadora dos laboratórios.

Mathilde Oliveira explica ainda que as unidades seguem um Sistema de Gestão da Qualidade conforme previsto na ISO/IEC 17025/2017, que estabelece requisitos gerais para competência dos laboratórios de ensaio.

“Esse sistema garante pessoal treinado, produtos e suprimentos corretos para uso nas unidades, entre outros pontos, e o sistema se retroalimenta. À medida que o trabalho vai sendo realizado, conseguimos aprimorar com a realização de pesquisa de satisfação do cliente, pesquisa de satisfação com quem trabalha no laboratório, registro de reclamação. Seguimos todos os itens da 17.025 para melhorar cada vez mais o trabalho que é realizado em cada unidade”, ressalta a fiscal estadual agropecuária.

Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação Sifems

Fotos: Fiscais Iagro

mais notícias